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Joia é coisa de homem: a Bormam quer devolver ao estilo masculino o direito de brilhar

Por muito tempo, discrição foi sinônimo de elegância. Entretanto, a Bormam pensa diferente

O mercado de luxo passou décadas reforçando uma estética masculina reduzida ao mínimo necessário – um relógio preciso, um terno impecável e nada além disso. Durante muito tempo, esse foi o limite tácito: qualquer brilho fora dessa combinação parecia ousadia demais. Mas os últimos anos reabriram um território esquecido. Nos tapetes vermelhos, colares, pulseiras, broches e anéis voltaram a ocupar o peito e as mãos de homens que não têm mais vergonha de existir com intenção. A mensagem é clara: a alta joalheria está regressando ao seu portador original.

É nessa fissura cultural que surge, em 2023, a Bormam, primeira marca brasileira a defender uma alta joalheria exclusivamente masculina. Criada por Juan Borba e Matheus Martins, ela nasce do incômodo com um imaginário limitado. “Ou era agressivo demais, ou era adaptação do feminino”, lembra Borba. “Não havia nada pensado para nós”, diz o sócio, cuja formação em design refina o olhar estrutural das peças.

Divulgação Bormam

A proposta inicial era também uma afirmação: se a joia é investimento, patrimônio e narrativa – ouro 18K e gemas preciosas –, por que o homem contemporâneo deveria minimizar esse símbolo? Para a dupla, o uso do ouro e das pedras não é enfeite, mas identidade. Trata-se de reivindicar uma ornamentação que sempre pertenceu ao masculino.

“Os reis usavam, os guerreiros usavam, as civilizações inteiras se reconheciam por suas joias”, lembra Matheus Martins, que cresceu cercado pelas histórias do garimpo e da lapidação. “Nós, homens modernos, é que perdemos o fio da história.”

Divulgação Bormam

Para a Bormam, a alta joalheria masculina não é nicho – é o resgate de uma vanguarda esquecida. Suas peças são concebidas desde a origem com estruturas sólidas, geométricas e proporcionais ao corpo masculino. “Não existe concessão”, afirma o manifesto da marca, que sustenta a ideia de joias criadas para acompanhar a força e o gesto do homem.

Essa intenção aparece nos best-sellers da casa. Pulseiras e braceletes têm se consolidado como novos códigos de estilo, funcionando como extensão natural do relógio de luxo. O Bracelete Vértice, em ouro branco com duas esmeraldas em lapidação trillion, exemplifica como o design eleva uma joia ao patamar de peça-investimento – quase uma escultura portátil.

O mesmo acontece com os anéis de sinete: símbolos tradicionais reinterpretados como declarações de estilo. Não por acaso, a esmeralda, trazida por Martins como gema central da marca, se tornou seu signo mais marcante. Para ele, a pedra representa renascimento. “O homem contemporâneo precisa de joias quem os posicionem e apenas gemas raras com design pensados para ele conseguem transmitir esse refinamento”, afirma.

Na fusão entre design e tradição, a Bormam não busca acompanhar tendências passageiras, mas provocar um retorno ao que sempre sustentou a elegância masculina: a consciência de que estilo não se limita ao relógio – mas ao que o homem escolhe carregar como parte de si.

Divulgação Bormam

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