Esta matéria foi originalmente publicada na Esquire UK.
Entre os muitos tesouros da coleção particular de Sua Santidade, Dalai Lama tem um Rolex que poucos de nós jamais vimos pessoalmente.
O líder espiritual de 90 anos é conhecido por gostar de consertar relógios em seu tempo livre, mas uma peça se destaca: um Rolex vintage “Padellone” Ref. 8171, um dos modelos mais difíceis de encontrar que “A Coroa” (Rolex) já produziu.
O Padellone, apelidado de “frigideira grande” por sua caixa de 38mm, é uma das apenas três referências da Rolex que já apresentaram uma fase da lua.
Produzido entre 1949 e 1952, a peça combinava um calendário triplo com indicações de dia, data, mês e fase da lua, alimentado pelo Calibre automático A295. O layout limpo do mostrador, o tamanho grande e a complicação incomum o tornaram diferente dos Rolexes Oystercase mais familiares da época.
Estima-se que apenas cerca de 1.000 a 1.200 exemplares foram feitos, com menos de 400 em ouro amarelo, como o do Dalai Lama. Muitas peças sobreviventes foram polidas ou alteradas, tornando um exemplar original especialmente desejável.
Hoje, os colecionadores o consideram um dos “santos graais” dos Rolexes vintage, com preços de leilões recentes se aproximando da marca do milhão de dólares. O exemplar do Dalai Lama, que se diz ter sido presenteado há décadas, é distinguido por uma pulseira personalizada que ele costuma usar em seus relógios.
É um lembrete de que até mesmo um líder espiritual com pouco apego a bens materiais tem uma queda pela engenhosidade mecânica. Para os colecionadores de relógios, a ideia de que um Rolex tão raro e cheio de história reside em seu pulso apenas adiciona um pouco mais à mística do Padellone.