Neste fim de semana, o Oasis vai ministrar em São Paulo uma pequena aula, em forma de show, sobre a história do rock britânico, principalmente dos anos 60 e 70. Tudo condensado, resumido e muito bem reciclado, com pitadas de Beatles, Stones, The Who, Bowie, T-Rex e The Small Faces. Porque o Oasis é isso: uma síntese brilhante, embora nada original, da era de ouro do rock “made in UK”.
E como mesmo os mais apaixonados fãs dos irmãos Gallagher devem admitir, o grupo fez isso melhor em seus dois primeiros álbuns, “Definitely maybe” (de 1994) e “(What’s the story) Morning glory?” (1995). Não por acaso, a maior parte das músicas da atual Oasis Live ’25 Tour vêm desses discos. Veja abaixo a procedência de cada uma delas na discografia da banda.
“Definitely maybe” é, ainda hoje, o melhor álbum do grupo. Paredes de guitarras, baladas cativantes, frescor juvenil, muita marra e frases proféticas como “Hoje à noite/Eu quero ser uma estrela do rock” (“Rock and roll star”). “Live forever”, Bring it on down”, “Cigarettes & alcohol” e “Supersonic” também vêm desse disco.
“(What’s the story) Morning glory?” mostrou o Oasis superando o desafio do segundo disco, com um trabalho menos pesado que o seu debut e repleto de baladas rock inspiradíssimas como “Champagne supernova”, “Don’t look back in anger” e “Wonderwall”. “Hello”, “Some might say”, “Roll with it” e “Cast no shadow” são outras canções do disco presentes no show.
“Be here now”, de 1997, e “Heathen chemistry”, de 2002, mostram o Oasis já sem a mágica dos dois primeiros álbuns, com a fonte da sua eterna juventude secando. O próprio Liam declarou ser “Heathen” o disco da banda que ele menos gosta. “D’You know what I mean?” e “Little by little” são as músicas desses discos no setlist da turnê.
“Whatever”, uma balada que os Beatles assinariam embaixo, é um dos inúmeros singles e lados B da discografia do Oasis presentes no atual setlist. “Acquiesce”, “Talk tonight”, “Half the world away” e “The Masterplan” pertencem à mesma categoria.
