“Fazendo exercício é onde eu mais ouço”, diz Airon Martin, diretor criativo e fundador da Misci, sobre suas músicas. Aqui, ele lista à Esquire Brasil o que tem tocado nos seus fones de ouvido recentemente. Confira.
Ivete Sangalo & Maria Bethânia
Muito Obrigado Axé
Josyara
Mansa Fúria
Bebé
Assome
Ubunto
Água Maravilha
Calcinha Preta
Manchete dos Jornais
Ebony e AG Beatz
KIA
Irmãs de Pau
Baile no Rxota
Moraes Moreira
Sintonia
Marília Mendonça
Troca de Calçada
Novos Baianos
Vagabundo não é fácil
Calcinha Preta
Mágica
Eu não acho que a qualidade da música brasileira tenha caído. O que mudou foi a forma como a gente consome. Hoje, muito do que chega para o grande público é resultado de investimento pesado em playlists e mídia digital. Então, é natural que a gente acabe ouvindo mais do que tem mais dinheiro para aparecer, não necessariamente o que tem mais profundidade.
Mas o Brasil continua sendo um celeiro de artistas incríveis, que criam com pesquisa, sofisticação e verdade. E que não fazem música só para viralizar ou agradar o algoritmo. O que acontece é que, às vezes, essas obras exigem mais tempo, mais atenção, e o tempo virou um luxo na nossa vida.
A gente precisa ampliar o olhar, buscar outros canais, frequentar shows menores, rádios independentes, plataformas que valorizam a autoria. A boa música brasileira está aí, viva e pulsante. Só não cabe ainda na lógica das redes. Tenho esperança que isso vai mudar em breve.