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Eduardo Simões

Editor-chefe da Esquire Brasil faleceu na segunda-feira passada

Eduardo Simões

 

Na manhã de segunda-feira recebi uma mensagem perguntando se eu sabia do Edu. Eu sabia muito do Edu, de sua elegância, cultura, inteligência, ética, gentileza, discrição, bom humor. Sabia que dois de seus livros prediletos, Pastoral Americana, de Philip Roth, e Reparação, de Ian McEwan, eram também os meus prediletos. Sabia que amava arte e tudo relacionado à cultura e era muito querido por todos os lugares por onde trabalhou. Gostava da noite, de beber, se divertir, estar com os amigos, de evitar conflitos, gostava de ser querido, e era muito. Quando eu e meus sócios pensamos em criar a Esquire, Edu foi o primeiro nome que me veio à cabeça para ser nosso editor-chefe. Quando conversei com ele, e ele topou, deixando claro como gostava de trabalhar para os outros veículos com os quais estava comprometido, eu sabia que não poderia começar melhor esse título no Brasil. E quando contava às pessoas que me perguntavam quem seria o editor, a reação em cada uma delas era maravilhosa. Todos sempre só tiveram elogios para o Edu.

Nos conhecemos no Rio, ele da Bahia, eu de Niterói. Trabalhamos juntos em alguns projetos nos quais estive envolvido em São Paulo. Eu nunca vi alguém mais ético do que ele. Nesses meses de Esquire juntos, Edu fez novos amigos na nossa redação, fez um excelente trabalho, nos ajudou a moldar a cara sofisticada que acredito que estamos tomando. Recentemente, fizemos um jantar para uma marca de luxo italiana, um jantar lindo. Ele estava tão feliz, sorrindo, como os amigos costumavam vê-lo. É assim que vou lembrar de você, Edu. Na segunda-feira passada o que não sabia, mas logo saberia, é que você tinha falecido. O que sei agora é que vai fazer muita falta para todos que puderam conviver com o último príncipe do jornalismo.

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