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Cinco histórias de Hermeto Pascoal

Morto aos 89 anos, o “Bruxo” deixa uma discografia impressionante e casos tão inusitados quanto a sua música

(Divulgação/Pedro Dimitrow)

 

Hermeto Pascoal compunha certo por linhas tortas. Aventureiro da música, ele circulou por samba, forró, frevo e (free) jazz, sempre no limite, nunca dentro do previsível, criando um estilo único, que chamava simplesmente de “música universal”. Foi assim desde seus primeiros registros, na segunda metade dos anos 60, até “Pra você, Ilza”, seu derradeiro álbum, lançado em 2024 pela Rocinante. Morto aos 89 anos, o “Bruxo”, como era chamado, deixa seis filhos, 13 netos e dez bisnetos, além de uma discografia impressionante e, claro, ótimas histórias.

 

(Divulgação/Gabriel Quintão)

 

1. Boxe com Miles Davis

Durante uma visita à casa de Miles Davis, em Nova York, em 1970, o anfitrião convidou Pascoal para uma luta na arena improvisada que tinha na sala. “Dei-lhe um cruzado em pleno rosto; pensei: “toma essa, almofadinha.” Ficamos amigos”, contou em entrevista ao “El País.”

 

(Divulgação/Ariel Martini)

 

2. Ao vivo com Miles Davis

Ainda sobre a relação com Davis: Pascoal tocou no álbum “Live evil”, de 1971, em três faixas de sua autoria, “Nem um talvez”, “Igrejinha” (“Little church”) e “Selim”, que só foram creditadas recentemente.

 

(Divulgação/Gabriel Quintão)

 

3. Um som animal

Diz a lenda que Pascoal apertou um leitão para fazê-lo gritar na abertura da faixa-título do álbum “Slaves mass”, lançado em 1977, considerado um dos seus melhores trabalhos. Os dois aparecem abraçados na contracapa do disco.

 

(Divulgação/Gabriel Quintão)

 

4. Uma árvore gigante com seu nome

Em 2022, uma nova espécie de árvore gigante, descoberta no município de Branquinha, em Alagoas, foi batizada como Dipteryx hermetopascoaliana em sua homenagem. Como faz parte da Mata Atlântica, o bioma mais devastado do país, a árvore já se encontra ameaçada de extinção.

 

(Divulgação/Gabriel Quintão)

 

5. Uma relação de amizade com as músicas

Pascoal considerava as músicas como suas amigas. Em entrevista ao jornal “Guardian”, ele tentou explicar melhor: “São parceiras. Elas são personagens. Quando uma música me vem à cabeça, é como se uma pessoa estivesse me visitando. Começo a conversar, a bater papo com ela, a escrever, e aí nada me segura.”