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Fred Noe quer passar sua paixão por Jim Beam para as próximas gerações

Esquire Brasil encontrou com o master distiller do bourbon na Vila Madalena, em São Paulo

O último 14 de julho marcou a primeira vez de Fred Noe, 71, no Brasil. Natural de Bardstown, Kentucky, Estados Unidos, o master distiller (desde 2007) da sétima geração da família Jim Beam agendou encontros em São Paulo e Rio de Janeiro para conhecer o público e mercado brasileiros, além propagar a cultura do bourbon por aqui.

A Esquire Brasil se encontrou com Frederick Booker Noe III (este é seu nome completo) no Croma Beer Co, na Vila Madalena, em São Paulo. No papo ele fala como a marca se mantém relevante desde 1795, conta como foi crescer na mesma casa de seu avô, o lendário Jim Beam, e revela qual é seu drink favorito com o destilado.

Confira.

Como você enxerga a relação do brasileiro com a cultura whisky?

Bem, eu acho que aqui no Brasil o bourbon é relativamente novo. O Scotch tem sido muito forte aqui por muitos e muitos anos. E, para as pessoas desfrutarem, você tem que aprender sobre ele. E então deixaremos as coisas acontecerem. Nós temos o bourbon número um do mundo. E eu acho que devemos compartilhá-lo com as pessoas aqui no Brasil.

Pra você, qual é o segredo para o Jim Beam ter um sabor tão icônico e marcante?

Minha família tem feito este bourbon por mais de 230 anos, e os aprendizados tem passado de geração em geração, há a transmissão do conhecimento de pai para filho. Cada geração deixa sua marca neste produto.

Usamos ingredientes de qualidade. Não fazemos nada com os barris. Não podemos adicionar nenhuma cor ou sabor ao bourbon. É natural. E eu acho que a forma como fazemos torna o Jim Beam um produto de alta qualidade, que tem um preço justo e é apreciado por pessoas em todo o mundo. 

Você cresceu na mesma casa que seu avô, o lendário Jim Beam. Qual foi a maior lição que você tirou de lá? E qual é a maior memória que tem desse lugar?

Ele faleceu antes de eu nascer, mas as histórias que ouvi… Eu morei com a filha dele, quando ela envelheceu e precisou de alguém para ficar com ela. Ela contava histórias: “papai fez isso, papai fez aquilo”.

Família é um grande negócio para nós, e somos uma grande família, passamos as coisas adiante. Eu acho que é importante lembrar de onde você veio e aprender com isso. Assumir, passar para a próxima geração. Eu tenho um filho [Freddie], tenho um neto de seis anos. Brincamos na mesma casa.

Você tem algum objeto dele, da época? E você tem na sua casa agora?

Ah, tem muitos móveis. Tem um relógio de pêndulo que foi feito para ele no início dos anos 1900. Fica na sala de estar. A mesa dele, eu uso todas as manhãs. Os móveis e muitas das coisas estão lá – e não vão a lugar nenhum (risos). Estou morando naquela mesma casa ainda. Então, estou respirando toda essa história, andando no quintal onde ele caminhava. É muito legal.

Fred Noe em São Paulo (Foto: Alexandre Virgilio)

Seu filho, Freddie, também trabalha com você. Qual é o legado que você quer deixar pra ele?

Acho que, como foi comigo: seja você mesmo, faça produtos que você teria orgulho de servir à sua família e amigos, que você compartilha com o mundo. É tudo sobre criar coisas novas que fazem as pessoas gostarem. E é disso que se trata, desfrutar.

Quando você bebe um bourbon, você pode transformar uma conversa em uma festa. Pode transformar uma refeição em uma celebração.

O Jim Beam é uma marca muito tradicional no universo das bebidas. Como você acha que ela vem se revolucionando ao longo dos anos para sempre se manter relevante no mercado?

Somos consistentes. Muitos avôs compartilharam Jim Beam com seus filhos. E assim se passa para as gerações seguintes. Meu avô bebia Jim Beam, aprendi com ele. As pessoas que gostam de Jim Beam se lembram. “Esta foi a primeira coisa que bebi”.

Claro que você experimenta outras coisas e segue a vida. Mas quando veem uma garrafa de Jim Beam, elas voltam às suas raízes. E Jim Beam é o bourbon número um do mundo. Quer dizer que estamos fazendo algo certo.

Qual é seu drink favorito com Jim Beam?

Ah, eu gosto de um bom Whiskey Sour. Eu provo muitos coquetéis ótimos pelo mundo, mas eu sempre volto para o Whiskey Sour. É refrescante, cítrico… especialmente no verão. É um ótimo coquetel, bem equilibrado.