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Alok: “Eu nunca liguei para a moda, até perceber a importância que ela tem na comunicação”

DJ brasileiro, um dos rostos da campanha de Dia dos Namorados da Pandora, fala sobre relação com a moda, parceria com A$AP Rocky e paternidade

Alok, 33, é o momento. Aliás, ele sempre é o momento. O DJ brasileiro, recentemente, tem cruzado circuitos diferentes do cenário eletrônico, fez também parceria com A$AP Rocky e propaga a música eletrônica nacional mundo afora ao participar de festivais internacionais. O MTV Malta 2025, inclusive, é uma de suas próximas aventuras. O festival está marcado para acontecer em 15 de julho.

Fenômeno brasileiro da música eletrônica, Alok bateu um papo com a Esquire Brasil e falou, entre outros assuntos, sobre som com rapper americano, paternidade e sua relação com a moda.

Confira abaixo a entrevista com o músico brasileiro, que estrela campanha de Dia dos Namorados da joalheria Pandora ao lado da esposa Romana.

Hoje, a música eletrônica brasileira está em grandes festivais e colaborações globais. Como você percebe o desejo por esse tipo de som brasileiro lá fora atualmente?

A música eletrônica tem vivenciado um bom momento com o aumento do consumo do gênero nas plataformas de streaming, o acolhimento do público que antes não buscava por música eletrônica, o aumento de festas e festivais voltados para a cena eletrônica e mesmo os grandes festivais organizando line-ups e palcos dedicados a esse tipo de som. O Brasil sempre foi um polo para a música eletrônica. 

A parceria com o A$AP Rocky abriu um novo território. Como foi esse processo — e o que representa para as sonoridades que vêm do Brasil?

Recebi o convite do A$AP para fazer uma releitura de “Highjack”, e tentei imprimir a minha sonoridade à música. Eu gosto do resultado e ele também curtiu. O rap e a música eletrônica têm muitos pontos de contato, elas são altamente rítmicas, usam muitas vezes de sintetizadores e samples, e a gente tem visto muitos artistas misturando esses gêneros.

Alok em campanha para a Pandora

Você tem cruzado circuitos bem diferentes, do mainstream ao mais experimental. O que isso te exige como artista ao vivo?

Mais do que exigência, isso é um desafio que me proponho encarar junto à minha equipe. Viajar o mundo e o Brasil que é imenso, me dá a clareza que não posso, artisticamente falando, me conectar com o público de um festival de música eletrônica da mesma maneira de quando me apresento no São João, por exemplo. Existem especificidades locais que respeito, sem que isso me descaracterize enquanto artista. 

No Tomorrowland deste ano, seu set foi assunto por explorar um som que possa remeter às origens “Alok”. Como você equilibra seu set com a leitura de pista ao vivo?

Sabendo qual é o público daquele show, para quem estou tocando. O Tomorrowland permite que eu faça um som mais “underground” aqui no Brasil, muito próximo dos sets que apresento no exterior. Eu me guio pelos ideais que acredito e não por métricas ou charts. Claro que se isso acontecer, ótimo, são bem-vindos, mas não são o ponto de partida.

O Instituto Alok expandiu suas ações em 2025, especialmente na Amazônia. Qual tem sido o maior desafio fora dos palcos?

O Instituto Alok busca transformar realidades por meio de ações concretas e inspiradoras. Ou seja, temos o objetivo de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e inspirar atitudes positivas de criação de oportunidades para populações mais vulneráveis. A gente acredita que uma sociedade é verdadeiramente democrática quando todos têm oportunidades iguais, e seus direitos e liberdades de escolha são respeitados. 

Sua presença é sempre marcada por escolhas visuais fortes na moda. Como o styling dos seus acessórios contam a história do DJ que está no palco ou do ativista que está em ação?

O styling faz parte da narrativa do show, não apenas visualmente, mas no discurso também. A Pandora é um bom exemplo disso: ela tem um forte compromisso com a sustentabilidade, que é um pilar artístico importante para mim.

Alok em campanha para a Pandora (Divulgação)

 Em que momento você percebeu que a moda era uma aliada à mensagem que você quer passar?

Eu nunca liguei para a moda, até perceber a importância que ela tem na comunicação. Agora, tenho uma equipe de styling que pensa e discute comigo todas as roupas de shows, aparições públicas, campanhas publicitárias.

 Como é possível equilibrar a vida noturna do DJ de festas eletrônicas com a paternidade?

Família é prioridade. Mas o trabalho também é. Busco adaptar minha agenda para não ficar muito tempo longe da Romana, Ravi e Raika. Quando não consigo, como durante o verão europeu, acabo os levando para passar a temporada comigo. Eu tento e quero ser um pai presente.